O nome parece estranho e desconhecido principalmente por aqueles que o praticam, tanto a nível consciente como inconscientemente.
Me refiro as situações onde um dos pais manipula uma criança para que ela não goste do outro genitor.
Muitas vezes não é com a pior das intenções, mas um dos adultos começa a encarar a criança como uma confidente e divide com ela todas as mágoas que tem de seu parceiro. Outras tantas vezes, isso é feito para que a criança se afaste de um dos pais e também para puni-lo por motivos pessoais. Tais situações acontecem em familias onde o casal estão em vias de separação e a criança vira o escudo, a esponja que recebe todas as mazelas dessa conturbada relação.
As consequências são as piores possíveis para criança. Conheço uma garotinha que era bem afirmada, se relacionava super bem com todos, melhor nota da turma e em menos de 06 meses foi perdendo todo esse potencial auto-afirmativo e encontra-se hoje em terapia para resgatar e poder se resignificar, tudo devido a uma não aceitação do fim de um casamento.
Por mais madura que a criança seja, o que fica introjetado é uma série de sentimentos ruins acerca do outro genitor e isso provavelmente será integrado a si mesmo, formando sua estrutura de personalidade.
Os problemas dos adultos, do mundo dos adultos devem ficar na esfera dos adultos.
É preciso distinguir claramente que o fato de não ser um bom marido ou uma boa esposa, não quer dizer que não seja um bom pai ou boa mãe.
Sejam responsáveis, cuidado ao utilizarem os filhos como conselheiros e mais, não atribuam a sua separação aos filhos, tampouco pergunte a eles o que devem fazer ou o que eles acham, quem sabe da sua vida é você, quem tem de fazer a escolha é você e quando precisar desabafar busque uma amiga, ou procure um psicólogo.
Ana Katarina Gurgel
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