sexta-feira, 18 de junho de 2010

DISLEXIA


A escritora Agatha Christie costumava ditar suas histórias para uma secretária. O físico Albert Einstein só foi alfabetizado aos nove anos. O que eles têm em comum? Ambos sofriam de dislexia, um transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. Esse problema atinge entre 5 e 17% da população mundial e é o distúrbio de maior incidência em sala de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD).O disléxico tem dificuldade para fazer a relação entre os sons e sua representação visual, discernindo letras, sílabas e palavras. Com isso, escrever, ler, soletrar e compreender a escrita são tarefas árduas para eles, que acabam muitas vezes sendo tratados como incapazes ou preguiçosos. Trata-se de um grande engano, pois o problema nada tem a ver com má alfabetização, desatenção ou pouca inteligência. Também não é considerado doença, mas um transtorno que necessita de métodos diferentes de aprendizado."A dislexia não está relacionada à inteligência. Pelo contrário, os disléxicos apresentam inteligência normal ou, como ocorre muitas vezes, até mesmo acima da média", explica a fonoaudióloga e coordenadora técnica da ABD, Maria Ângela Nogueira Nico.Hoje já se sabe que o distúrbio depende de uma condição hereditária, que apresenta alterações genéticas até mesmo no padrão neurológico. Segundo Maria Ângela, pesquisas recentes apontam que o problema estaria ligado a determinados cromossomos, responsáveis pela associação da representação visual das sílabas aos seus sons. "Isso explica também a hereditariedade do problema", afirma a fonoaudióloga.Colaborou Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia.

Fonte: Na hora On Line

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