O ser humano é um insatisfeito por natureza. Quando está só, reclama da solidão. Quanto está acompanhado, reclama da falta de liberdade. Esta constante inquietação vem do desejo de ter aquilo que não se tem, outra característica essencialmente humana. Mas, afinal de contas, qual é então a saída? Sex and the City 2 não traz a resposta, mas apresenta algumas vertentes desta difícil arte de se relacionar com o outro.
Ao analisar as quatro protagonistas, pode-se imaginar que Sex and the City 2 seja um filme sobre crises. Errado! Trata-se de um relato sobre a vida, as consequências trazidas pelas decisões tomadas e a verdade inevitável de que o tempo passa e as pessoas mudam. Para melhor ou para pior, não importa. Cada fase da vida tem suas particularidades, que precisam ser compreendidas para que seja plenamente saboreada.
Sex and city é um filme sobre relacionamentos. Apresentados sob a ótica feminina, é claro, o que não o torna um filme exclusivo para mulheres. É um filme, acima de tudo, sobre crescer. Crescer lidando com o passado, crescer ao confrontar as tentações do cotidiano, crescer ao enfrentar o medo. Crescer aprendendo que cada momento da vida é único e que reclamar do que se teve ou pode ter é apenas o melhor meio de não aproveitar o que tem. Como o próprio filme diz, "há uma vastidão de cores e opções a serem exploradas no relacionamento". Apenas é necessário saber encontrar aquela que melhor agrada. A cada um de nós.
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