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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Você sabe o que é ALIENAÇÃO PARENTAL?


O nome parece estranho e desconhecido principalmente por aqueles que o praticam, tanto a nível consciente como inconscientemente.

Me refiro as situações onde um dos pais manipula uma criança para que ela não goste do outro genitor.

Muitas vezes não é com a pior das intenções, mas um dos adultos começa a encarar a criança como uma confidente e divide com ela todas as mágoas que tem de seu parceiro. Outras tantas vezes, isso é feito para que a criança se afaste de um dos pais e também para puni-lo por motivos pessoais. Tais situações acontecem em familias onde o casal estão em vias de separação e a criança vira o escudo, a esponja que recebe todas as mazelas dessa conturbada relação.

As consequências são as piores possíveis para criança. Conheço uma garotinha que era bem afirmada, se relacionava super bem com todos, melhor nota da turma e em menos de 06 meses foi perdendo todo esse potencial auto-afirmativo e encontra-se hoje em terapia para resgatar e poder se resignificar, tudo devido a uma não aceitação do fim de um casamento.

Por mais madura que a criança seja, o que fica introjetado é uma série de sentimentos ruins acerca do outro genitor e isso provavelmente será integrado a si mesmo, formando sua estrutura de personalidade.

Os problemas dos adultos, do mundo dos adultos devem ficar na esfera dos adultos.

É preciso distinguir claramente que o fato de não ser um bom marido ou uma boa esposa, não quer dizer que não seja um bom pai ou boa mãe.

Sejam responsáveis, cuidado ao utilizarem os filhos como conselheiros e mais, não atribuam a sua separação aos filhos, tampouco pergunte a eles o que devem fazer ou o que eles acham, quem sabe da sua vida é você, quem tem de fazer a escolha é você e quando precisar desabafar busque uma amiga, ou procure um psicólogo.

Ana Katarina Gurgel


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estudos mostram que pais são mais insatisfeitos que aqueles sem filhos


O uso de drogas ansiolíticas, a psicoterapia e os fins de semana inteiros passados na cama não estavam nos planos de alguns casais, quando decidiram ter filhos.

Nenhum conflito com as crianças: o problema são as atuais demandas da paternidade e da maternidade.






Allan Dantas e Andreza de Campos Vieira, com a filha Manuela; excesso de teorias aumenta frustração dos pais

"É bom, mas exaustivo. Depois do nascimento, na volta ao trabalho, engordei cinco quilos de ansiedade. Hoje, durmo tarde para ajudar minha filha na lição. Quando o alarme toca às 6h, quero chorar", diz a secretária Michele de Luna, 32, mãe de Maria Clara, 8.

"Eu me justifico o tempo todo, falo para ela que preciso trabalhar. Nos fins de semana, quero fazer de tudo com ela, para compensar a semana. É culpa demais."

A constatação dos acadêmicos é ainda mais dura. Os estudos feitos nos EUA e na Europa nos últimos anos mostram que, em relação aos que não têm filhos, os pais demonstram níveis mais baixos de bem-estar mental, felicidade, satisfação com a vida e com o casamento.

Um último trabalho, publicado em 2009 no "Journal of Happiness Studies", até tentou contrariar os resultados das pesquisas anteriores.

Depois de analisar dados de 15 mil britânicos por uma década, um economista escocês atestou que pessoas com filhos eram mais felizes.

Mas a euforia durou pouco: em março deste ano, o autor publicou uma errata. Ao rever os números, viu que "o efeito de ter filhos na satisfação das pessoas é frequentemente negativo".

"Há uma sensação de perda, de não estar dando o que poderia. E uma cobrança grande. Qualquer distúrbio de comportamento é visto como culpa da criação dada pelos pais", analisa a cientista social Maria Coleta Oliveira, professora da Unicamp.

No Reino Unido, a Universidade de Kent centraliza uma rede de pesquisadores de todo o mundo que se dedicam a entender as peculiaridades do que chamam de nova cultura parental.

"Ser pai ou mãe passou a ser considerada uma atividade ou habilidade, e não uma forma de relacionamento, e é retratada como algo inacreditavelmente difícil", explica à Folha Jan Macvarish, pesquisadora da universidade.

Com tanta pressão, fica difícil educar um filho sem se sentir mal e aquém das expectativas próprias e alheias.

O excesso de informações sobre como criar a prole gera a impressão de que uma boa educação deve ser guiada por um especialista.

O LADO DELES

A mãe já está acostumada a carregar o mundo dos filhos nas costas. Mas o papel do homem na educação ganhou destaque nos últimos tempos, abrindo espaço para mais culpa e frustrações.

"Fala-se muito do novo pai. Há cobrança para que ele esteja mais presente. Mas que chefe entende o executivo não ir à reunião para levar o filho ao pediatra?", indaga Maria Coleta de Oliveira.

O publicitário Carlos Munis, 31, viveu esse drama nos primeiros anos de Igor, 10. O excesso de pitacos da família e dos amigos o deixou "bloqueado". Ter se separado da mulher também contribuiu para o afastamento.

"Eu não sabia como dar banho, fazer dormir, dar comida sem me estressar. Minha autoestima foi lá pra baixo. É muita gente falando,você se sente incapaz."

Com o tempo, Carlos aprendeu a assumir a paternidade. "Passei a participar mais. Pai sempre se sente frustrado. Mas, hoje, faço do meu jeito e, se erro, erro por algo que achei que era certo."

Para Macverish, os homens se tornaram "alvo" de campanhas sobre criação dos filhos, o que gera tensões entre o casal. "Em vez de negociar apenas o ponto de vista dos dois sobre os filhos, pai e mãe estão incorporando mais conselhos externos."

O psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, que pesquisou futuros pais, constatou a insegurança em relação às novas competências paternas. "É muita pressão. Eles internalizam a cobrança da sociedade."

Pesquisas feitas no Brasil mostram que apenas um terço dos pais encontram o equilíbrio entre dar afeto e limites. Outro terço é considerado negligente, 15% são autoritários e 15%, permissivos.

"Pensa-se pouco sobre como ter e em ter filhos. As pessoas acham que sabem como fazer, por causa do excesso de informações", diz a psicóloga Lídia Weber, da Universidade Federal do Paraná.

Mesmo com filhos bem planejados, a situação pode parecer fora do controle.

A analista de negócios Andreza de Campos Vieira, 29, decidiu buscar ajuda de um terapeuta para minimizar a culpa que sente ao se desdobrar entre a rotina e os cuidados com Manuela, de um ano e cinco meses.

"Nunca achei que iria sofrer desse jeito sendo mãe. Mas já tive urticárias, dores de cabeça. Me cobro demais para fazer coisas que não consigo."

COISINHAS

A autônoma Amanda Paradela, 34, mãe de Igor,10, e de Kaian, 5, já dormiu fins de semana inteiros para descansar. "Mesmo nessa exaustão, me culpo. Se um fica doente, é porque não estou, e a babá não cuida direito. Você está no seu limite, mas cada coisinha parece um problemão."

Não é fácil se livrar da frustração. Mas tomar consciência de que ela existe é bom.

"O que deve estar em jogo é o afeto", diz a psicanalista Belinda Mandelbaum, coordenadora do laboratório de estudos da família, relações de gênero e sexualidade da USP. E alivia: "O importante é entender que não existe um modelo ideal. Existe o possível para cada um".

JULLIANE SILVEIRA
DE SÃO PAULO


RECADINHOS AOS PAIS:
  • Façam o que podem!!!
  • Não podemos dar mais do que temos!!!
  • Teorizem menos, "Psicologizem" menos, estudem/ analisem menos os seus filhos!!!
  • Brinquem mais, cuidem mais, riam mais com eles!!!!
  • Ria mais dos seus erros "educacionais"!!
  • Dê mais limites, menos brinquedos, mais reconhecimento!!
  • Não se esqueçam que antes de serem pais, são homens e mulheres, vivam o casal, se divirtam. Aos solteiros, digo o mesmo!!!!
  • SAIAM DA CULPA!!!!
Ana Katarina Gurgel

Hiperativdade



LONDRES - O transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma doença genética, segundo estudo realizado por cientistas britânicos e publicado na última edição da revista médica The Lancet.

Os pesquisadores do Centro de Neuropsiquiatria Genética e do Departamento de Neurologia e Medicina Psicológica da Universidade de Cardiff, no País de Gales, dizem que o TDAH é um transtorno de desenvolvimento cerebral após analisar 366 crianças com o problema e 1.047 sem.

Os portadores do distúrbio são inquietos, impulsivos e distraídos, enumeram os especialistas, que estimam que uma em cada 50 crianças tenha TDAH. Durante anos, considerou-se que o problema estava na falta de disciplina dada pelos pais ou no consumo de açúcar, apesar de existirem vários fatores que sugerem que ele pode ter um componente genético.

Segundo o levantamento, uma criança que tem um dos pais com TDAH é mais propensa a sofrer dessa condição do que outra cujos pais são saudáveis. O transtorno de deficit de atenção e hiperatividade não tem cura, mas os sintomas podem ser tratados com medicamentos e terapias para melhorar o comportamento.

Os pesquisadores descobriram que crianças com TDAH têm segmentos duplicados de DNA em comparação com aquelas sem hiperatividade. "Esperamos que esses resultados ajudem a superar o estigma associado ao distúrbio", diz Anita Thapar, principal autora do estudo. Ela recorda que muitas vezes as pessoas atribuem o TDAH à indisciplina por parte dos pais ou a uma dieta pobre.

"Como médica clínica, estava claro para mim que esse não era o caso. Agora podemos dizer que o TDAH é uma doença genética e que o cérebro de crianças com esse transtorno se desenvolve de forma diferente do das outras", completou.

Outra pesquisadora, Kate Langley, afirma que "o TDAH não é causado por uma única alteração genética, mas por uma série de mudanças no DNA que interagem com fatores ambientais ainda não identificados".

Segundo a equipe de especialistas, as descobertas devem ajudar a esclarecer mal entendidos sobre a hiperatividade. "A genética nos permite contar com uma janela da biologia cerebral. No futuro, essas conclusões ajudarão a decifrar a base biológica do TDAH e, por sua vez, a desenvolver tratamentos novos e mais eficazes", conclui Anita.

Concordo com tudo que a especialista cita acima, no entanto há de se deixar claro que o distúrbio é facilmente confundido com faltas que existem nas relações, tanto entre o pai, quanto com relação a mãe, e isso envolve desde as falta de limites/disciplina à um vinculo mal estabelecido com os referencias de segurança, de afeto, de proteção. É óbvio para quem trabalha com desenvolvimento infantil que o distúrbio está associado à FALTAS nas relações familiares sim, tanto é que o trabalho desenvolvido com a Psicomotricidade Relacional surte um resultado claramente constatado nesse grupo de crianças. No entanto, há um outro grupo de crianças, no qual percebemos não só uma hiperatividade, mas também outros aspectos co-relacionados como distúrbio na linguagem, na motricidade, que também nos deixa claro que existe algo mais nessas crianças. Ótimos descobrirmos relação cerebral com o transtorno, desculpabilizando os pais de provocar nos filhos problemas aos quais não conseguem resolver, no entanto, precisamos tomar cuidado com a força dos laboratórios na publicidade dessa informação como forma de vender justamente para os pais que não conseguem lidar com as faltas dos filhos e termos aí muitas crianças diagnosticadas de forma equivocada, dependentes de uma medicação que não suprirá nunca as FALTAS vividas no corpo e no psiquismo delas.

Ana Katarina Gurgel - fonte: Estadão


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alice no pais das maravilhas



Alice no Pais das Maravilhas é uma história fantástica e um clássico da literatura infantil, nos cinemas uma versão atualizada que ainda não tive oportunidade de assistir. É um conto que no decorrer da história é possível encontrar referências simbólicas que remetem ao universo psíquico. No site da revista cérebro e mente encontrei um artigo que compartilho com vocês.









A história, que começa com uma meninha que cai em um buraco, acena para um ritual, para a entrada em uma outra dimensão. O autor busca referências no mundo dos sonhos para deixar vir à tona a insanidade dos personagens. A todo momento, a protagonista (e também o leitor) se confronta com uma lógica muito particular, como a do inconsciente, na qual a razão é tomada, invadida e superada. Nesse sentido, há um trecho especialmente curioso:

– Mas eu não quero ir para o meio de gente maluca – observou Alice.
– Ah, não adianta nada você querer ou não – disse o Gato. – Nós somos todos loucos
por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
– E como é que você sabe que eu sou louca?
– Bem, deve ser – disse o Gato – ou então você não teria vindo parar aqui.


No mundo povoado por criaturas inusitadas, a gama de esquisitices (e possíveis patologias) é vasta. A Rainha apresenta um quadro de narcisismo exacerbado, ausência de compaixão e de empatia, além de tendência a comportamento violento. A Lebre e o Chapeleiro, por exemplo, parecem viver um uma loucura compartilhada (folie à deux): têm vínculo emocional forte e comungam crenças delirantes, principalmente em relação ao tempo (ambos crêm que são sempre 6 horas). A Duquesa é claramente incapaz de acolher um bebê: sacode o descontroladamente e recomenda que as crianças apanhem por espirrar, pois “obviamente” fazem isso para irritar os adultos. O Coelho Branco tem indícios de euforia e transtorno de ansiedade. O Albatroz sofre de narcolepsia. A centopeia é dependente de alucinógenos.

O título inicial dado à aventura inventada por Charles Lutwidge Dogson (verdadeiro nome do autor) – e oferecida de presente de Natal à pequena Alice (essa sim, uma garotinha de verdade) – era “As aventuras de Alice debaixo da terra”. Ao ser publicado pela primeira vez, em 1865, porém, o texto recebeu o título pelo qual o conhecemos hoje. Dois anos depois, Carroll escreveu Através do espelho e o que Alice encontrou lá, que também faz alusão ao mundo onírico.


Fonte: revista cérebro e mente

domingo, 25 de julho de 2010

Shrek em crise...




O ogro mais querido da garotada está em crise!!!!



Muito legal o novo filme do Shrek . A versão em 3D se torna ainda mais divertida ver que as trapalhadas desse ogro deixa o amor que ele sente por Fiona e os filhos ser ameaçado pela rotina. Desta vez Shrek está cansado de trocar as fraldas dos trigêmeos, não poder mais tomar seu banho de lama, nem seu drink preferido sem ser interrompido por uma afazer doméstico da Fiona. Seu maior desejo é voltar no tempo em que não se preocupava com nada, a não ser com sua vontade de assustar os outros. É aí que surge o terrível Rumpelstiltskin, no seguimento da frustração que sente com a rotina familiar, Shrek acaba por assinar um contrato mágico com Rumpelstiltskin que o coloca numa versão completamente alterada do mundo onde vivia. Nenhum dos amigos de Shrek, nem mesmo Fiona, com quem era casado até então, se recorda do ogro verde, que embarca assim numa aventura na esperança de recuperar a vida que tinha. E assim concretizar um final de conto de fadas, ou seja, "felizes para sempre".

Bem, é um filme infantil, que permeia o imaginário dos contos de fadas e sempre deixa uma bela lição no final, mas garanto que é um belo filme para toda família, principalmente para aqueles que estão cansados da rotina familiar e acha que nada tem de interessante perder uma tarde no cinema assistindo Shrek.

Postado por Ana Katarina Gurgel

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Homosexualismo e filhos feito de amor





Mães lésbicas: filhos felizes e saudáveis





Ter pais homossexuais não prejudica o desenvolvimento das crianças. Pelo contrário, uma pesquisa norte-americana revela que os filhos de lésbicas podem até se desenvolver melhor que os de casais heterossexuais. Ao todo, 84 famílias americanas, compostas por casais de lésbicas, foram acompanhadas por mais de 17 anos. Todas as mulheres concordaram em responder questionários que seriam enviados periodicamente pelos pesquisadores. As questões abordavam o desempenho escolar e as habilidades sociais das crianças. Ao longo dos anos, os cientistas constataram que elas tinham mais confiança, autoestima, melhor desempenho escolar e eram menos agressivas do que algumas crianças filhos de heterossexuais. As crianças, assim como as mães, também responderam aos questionários. Foram duas etapas, a primeira aos 10 anos de idade e outra aos 17. As perguntas eram relacionadas à vida social, comportamento, sentimentos, ansiedade e depressão. Com isso, os pesquisadores descobriram que 41% das crianças já tinham sofrido discriminação e enfrentado provocações por serem criadas por pais do mesmo sexo. “Os possíveis problemas a serem encontrados por filhos de pais homossexuais têm a ver com a ignorância e o preconceito social”, afirma o psicólogo Klecius Borges. Aos 10 anos elas apresentavam mais sinais de estresse psicológico do que os filhos de heterossexuais. Mas aos 17 os sentimentos ruins já não faziam mais parte da vida dos adolescentes. A participação ativa das mães homossexuais é apontada pelos pesquisadores como uma possível causa para o melhor desempenho das crianças. Eles afirmam que lésbicas estimulam seus filhos a lidar com o preconceito e a diversidade. Além de abordar com mais naturalidade temas como sexualidade e tolerância. “Essas mães devem educar seus filhos a partir de uma visão positiva e afirmativa sobre os diferentes modelos familiares e prepará-los para lidar com o preconceito”, diz Borges. Essa é a primeira pesquisa realizada exclusivamente com casais de lésbicas que constituíram uma família por meio da inseminação artificial. Até então, os estudos nesse sentido eram feitos com crianças criadas por casais gays, mas geradas em diferentes circunstâncias: relações heterossexuais, adoção e também inseminação. Esses estudos anteriores não apontavam diferenças significativas entre os filhos de heterossexuais e homossexuais.

Fonte: blog crescer

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Biblioteca em casa deixa crianças mais inteligentes




Estudo mostra que a quantidade de livros disponível em casa, e o estimulo a leitura destes na infância contribui para melhorar o vocabulário, exercitar a imaginação e ampliar a noção temporal e espacial



Um grupo de sociólogos das universidades de Nevada em Las Vegas e da Califórnia em Los Angeles realizou o maior estudo internacional sobre a influência dos livros na educação escolar. Os resultados mostram que, independentemente do nível educacional dos pais, do status socioeconômico e do regime político, quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade atingirá a criança que crescer nela. Participaram do estudo mais de 70 mil pessoas de 27 países, entre os quais Estados Unidos, China, Rússia, França, Portugal, Chile, África do Sul (o Brasil não foi incluído). A conclusão foi publicada na revista Research in Social Stratification and Mobility.
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influencia a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros. Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais. Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que a adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles.
Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes representou acréscimo de dois a três anos na escolaridade das crianças, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para até cinco anos e na China atingiu o máximo, entre seis e sete anos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Livro: A vaca que botou um ovo!!







A Vaca que Botou um Ovo, de Andy Cutbill. Ilustr. Russell Ayto. Trad. Lenice Bueno. Salamandra. 32 págs. R$ 29,50.





Estava hoje na livraria quando esse livro me chamou atenção pelo título e me apaixonei pelo enredo e riqueza do conteúdo da história. Indicados para crianças de 03 á 99 anos, esse livro conta uma história muito lindinha sobre uma vaquinha que tem problemas de auto-estima e acha que não tem nada de especial. Suas amigas vacas são fantásticas e sempre tem coisas incríveis para mostrar do tipo andar de bicicleta, virar estrelinha ou plantar bananeira, mas ela não, nada de especial consegue fazer. Mas a vaquinha tem algo muito valioso, as amigas, que apesar não ser da mesma raça, são as que chegam junto na hora que ela mais precisa e elas decidem fazer algo...E, no outro dia, Mimosa descobre que botou um ovo, começa a acreditar nisso e passa a ser a sensação da fazenda. Enciumadas com o destaque da nova estrela, as demais vacas a acusam de estar mentindo e o enredo se passa sob esse tema com um final muito linnnnnndo. É um livro indicado para crianças de todas as idades, é possível trabalhar valores como amizade, auto-estima, mentiras, companheirismo, cumplicidade, origem e por esse viés a adoção. É um livro muito ilustrativo, de fácil leitura, ótima pedida para leiturinha antes de dormir.

domingo, 4 de julho de 2010

Irmão: um bem necessário

A chegada de um bebê costuma criar expectativas e ser motivo de alegria e conflitos, principalmente para as crianças mais velhas pois sentem-se ameaçadas pela presença do recém-nascido. A disputa pelo olhar ou colo da mãe é o ponto primordial dessa questão, a criança até então acostumada a ser o centro das atenções vai ter que aprender a compartilhar espaços e a novamente encontrar o seu lugar dentro dessa nova constituição familiar. O processo de assimilação desta nova situação é doloroso, mas imprescindível para o desenvolvimento emocional do ser humano, apesar de querermos proteger nossos amados da dor, costumo dizer que a chegada de um novo irmãozinho é “ um mal necessário”, pois ajuda a criança a perceber o mundo como ele é.

A rivalidade entre irmãos é um fenômeno previsível e normal do desenvolvimento infantil. Quando nasce um bebê na família, a criança mais velha percebe que algo ameaça a sua relação com os pais, no entanto, estes não conseguem perceber esse sentimento e se afligem com os comportamentos demandados pela criança para demonstrar seu desconforto com a situação.

O surgimento de comportamentos que refletem esta rivalidade devem ser vistos com naturalidade. Reações ambivalentes para com o bebê, (afeição X agressão) são comuns e esperados, já a ausência destes comportamentos deverá sim preocupar os pais de que a criança mais velha esteja se sentindo tão ameaçada e reprimida pela família que não ousa 'se defender'.

Há várias formas de expressar esta ameaça: Agressividade dirigida geralmente contra a mãe, contra o bebê, o pai, si mesmo, ou contra outras crianças ou brinquedos. È comum também transgredir as regras da casa ocorrendo quando os pais estão se ocupando com o bebê, essa estratégia é utilizada no intuito de fazer com que ela sinta que tem o controle da situação e dos outros a sua volta. Há também uma forma camuflada que merece atenção, é o caso da criança que se torna muito boazinha e cuidadosa com o bebê, utilizando essa estratégia para assegurar um lugar na família, o de cuidadora!!. A regressão (voltar a fazer xixi na cama, chupar chupeta, etc) e a dependência (manha). São também formas de se assegurar do lugar de filho dentro dessa estrutura familiar.

Todos esses sintomas tendem a diminuir mas não a desaparecer durante o primeiro ano. Durante esse período a criança se reassegura do seu papel na família e passa a estabelecer uma relação própria com o bebê. Mas geralmente a criança desenvolve no final deste período de adaptação capacidade de ser perceber como ser atuante dessa constelação familiar e encontra novas formas de lidar com o mundo a sua volta, se isso não acontece, e interessante buscar ajuda profissional.

Sugestões Gerais:

  • Não se assuste com as alterações comportamentais de seu filho, leva tempo para uma família se organizar após o nascimento de um bebê, as manifestações mais diversas com esse nascimento é normal e esperada.
  • Privilegie um tempo específico para ficar com a criança mais velha, sempre no mesmo horário. Isso a ajuda sentir-se mais segura.
  • Converse na frente da criança sobre as necessidades do bebê. Peça sugestões a ela. Faça com que ele se sinta integrado a essa nova sitação, sem forçá-la a isso.
  • Planeje atividades para a criança durante o horário do banho e da alimentação do bebê, assim ela não se sente deslocada nem precisa chamar atenção sobre si.
  • Não force o compartilhar de brinquedos. Já é difícil demais dividir as atenções com o irmaõzinho. Não faça com que ela sinta culpa por agarrar-se ao que é seu.
  • Tente manter a vida da criança o mais estável possível nos 3 últimos meses de gravidez e nos primeiros 3 meses após o nascimento do bebê. Não mude seu quarto, cama, escola, seus hábitos (no que for possível). Se você pretende tirar a fralda faça-o depois deste período. O objetivo é tornar a vida de sua criança mais fácil e previsível.
  • Dê brinquedos que permitam o extravasamento de sua agressividade.
  • Não permita que a criança machuque o bebê, mas também não o culpabilize, mostre que dói e que você irá protege-lo,como o protegeu um dia.
  • Seja muito tolerante com os comportamentos regressivos. Ela precisa reviver estas fases para poder superá-las. Não se preocupe pois são temporários.
  • Lembre-se que a criança não faz isso para lhe irritar. Ela não tem culpa nem responsabilidade neste aspecto. Encare com naturalidade e não se ressinta.
  • Encontre um tempo especial para o casal (uma noite a cada 15 dias). Isso não é fácil quando se está tão sobrecarregado, mas é importante pois traz uma força extra para a família. Neste tempo especial procurem não falar dos problemas da casa e das crianças mas curtir um pouco um ao outro. Os dois se sentirão mais felizes e isso refletirá na vida da casa.

Fonte: Experiência de mãe e profissional do desenvolvimento infantil

terça-feira, 29 de junho de 2010

Hora de tirar a fralda

O momento de tirar a fralda sempre é um indicativo de independência e autonomia infantil, mas não adianta anteciparmos ou postergarmos demais esse momento. Usar o penico ou o vaso é um grande avanço no desenvolvimento da criança. Ela precisa perceber que o cocô e o xixi estão querendo sair, controlar os músculos que regulam essa saída e procurar o banheiro para fazer no lugar certo. A maioria tem capacidade neurológica para essa coordenação por volta dos 2 anos de idade. Demorar mais não é problema, mas iniciar o treino antes pode deixar o filho aflito e os pais estressados. O sinal mais comum de que a criança está pronta é o aviso de que fez cocô e quer trocar a fralda. Algumas anunciam isso sem ter feito nada, indicando que conseguem perceber a vontade. A dica de outras é acordar com a fralda seca alguns dias seguidos. Quando acontecer com seu filho, o treino pode começar.

Passo a passo "Para iniciar, a mãe deve levar a fralda suja até a privada ou o penico e jogar o cocô, mostrando para o filho que é para isso que servem os penicos e os vasos sanitários", ensina o pediatra Leonardo Posternak. Nessa hora, nada de comentários. "Falar que o cocô é feio ou sujo leva a criança a pensar que incomoda o outro", diz. O próximo passo é ensinar seu filho a sentar na privada ou no penico, mesmo com as fraldas, só para se acostumar. Se ele faz cocô sempre no mesmo horário, deixe-o sem fralda nesse período. Quando ele demonstrar vontade, sugira que use a privada. Neste caso, o cuidado é não obrigar a criança a um longo tempo de espera, mesmo que à base de distrações. O aprendizado continua com o treino de usar o banheiro com mais regularidade. Nessa etapa, sem a fralda do dia, é comum que o xixi escape. Tenha paciência com essas falhas. Não faça cobranças nem brigue com a criança. Se ela sente que o assunto mexe com você, o xixi pode se tornar útil para provocações nos momentos de conflito. Diga à criança que ela consegue em outra vez e elogie quando der certo. "Não é preciso fazer uma festa e muito menos dar recompensas. Trata-se de um aprendizado natural", afirma a psicanalista Silvana Rabello, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Nesse passo a passo, a criança leva em média de um a três meses para ficar livre das fraldas. A noturna é a última a ser retirada. Algumas crianças são mais rápidas, outras demoram. Tem a que aprende e depois regride, quando fica insegura por algum motivo. E tem aquela que molha a cama até 5, 6 anos – um desconforto, mas raramente um problema.

Xixi em pé
Os hormônios impõem características físicas e de comportamento a meninas e meninos. Elas fazem xixi sentadas e eles, em pé. Isso só não vale na época da retirada das fraldas. Metidos em brincadeiras, os meninos deixam escapar muitos xixis sentados e as meninas, em pé. Os pais não têm com o que se preocupar. E, a rigor, nem precisam ensinar para o filho o jeito de fazer xixi. A criança aprende sozinha, observando como os adultos fazem.

Fonte: Crescer

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Transtornos infantis




O menino que todos dizem “viver no mundo da lua”, a garota triste que está sempre quieta, a outra que é cheia de manias e o garoto irritadiço, que muda de humor como troca de roupa. Eles são tipos comuns na sala de aula, nas festinhas, no parquinho do prédio, e dão o que falar. Comentários e julgamentos estão sempre ao redor dessas crianças e, por trás de cada uma delas, há histórias de insegurança, dificuldades para lidar com afeto e muita falta de informação para o que pode ser diagnosticado como um distúrbio comportamental. Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtorno bipolar ainda hoje são doenças pouco conhecidas do público em geral, embora estejam cada vez mais mapeadas pela medicina. São reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como distúrbios graves, mas os tratamentos ainda causam polêmica. Há quem afirme que essas doenças são transtornos “da moda” ou até que são invenções da medicina para vender mais remédios. Mas o fato é que, antigamente, não havia pesquisas sobre isso e, muito menos, indicação de tratamento. Essa insegurança tem explicação. Como são doenças psiquiátricas, um diagnóstico sério é aquele feito por meio de uma avaliação clínica completa. Não há exames laboratoriais para identificar a doença. O especialista acompanha os sintomas, que devem ser mais do que esporádicos para caracterizar uma doença.
Uma tristeza aqui, mudança de humor ali, manias e agitação fazem parte do comportamento de qualquer criança. Mas, se passar do controle e permanecerem por um longo período, o primeiro especialista que deve ser consultado é o pediatra, que conhece a história do seu filho e poderá indicar a necessidade de um tratamento com um psiquiatra. Vai ser preciso traçar uma relação de confiança com o novo médico. Se não sentir segurança, consulte mais de um. Afinal, será nas palavras dele que você terá que acreditar daqui em diante. Leia sobre o assunto em sites, revistas e livros, converse com especialistas e livre-se do preconceito. Conhecimento ajudará na hora de decidir, por exemplo, se você dará ou não um remédio como aliado no tratamento. Estudos comprovam que os benefícios que as pílulas causam são bem maiores do que os efeitos colaterais. Vivemos o melhor momento para tratar essas doenças. Afinal, temos muita gente acreditando nelas. A medicação, claro, não resolve tudo sozinha. Amor, carinho e muita paciência são fundamentais para a melhora da criança. Isso também vale quando quem sofre com um desses distúrbios é o colega do seu filho, aquele mesmo que faz a maior bagunça na sua casa. Nem pense em esconder a doença dos professores, dos pais dos amigos mais próximos e até do restante da família. Quando as pessoas sabem da dificuldade, são mais tolerantes e aprendem a respeitar as diferenças. '
Na maioria das vezes, terapia também é indicada. E não só para o seu filho, pode ser que toda a família precise. “E a família não pode se esquecer da terapia. É o psicólogo quem vai ajudar a criança e seus familiares a conviver com a doença”, diz o psiquiatra Joseph Sargeant, professor de neuropsicologia da Universidade de Vrije, em Amsterdã, Holanda.
A seguir, você confere um guia com os principais sintomas, o diagnóstico e o tratamento dos distúrbios mais comuns na infância, e poderá aprender – e ensinar ao seu filho – a melhor maneira de conviver com a doença.

Transtorno Bipolar Seu filho está à tarde em casa, claramente mal-humorado, resiste a tomar banho e nem quer experimentar o lanche. Mas, basta chegar a hora do inglês para ele mudar, se animar. Ao chegar lá, encontra os colegas e fala sem parar, todo feliz. No dia seguinte, a reação dele aos mesmos eventos é oposta. Uma tarde com cenas como essa repetindo-se o resto da semana, pode ser um sintoma de transtorno bipolar, que atinge cerca de 1% da população brasileira. Crianças que sofrem com o transtorno têm uma variação de humor muito brusca entre depressão e euforia, e essa instabilidade pode marcá-las como alguém que não faz planos, que “nunca conclui o que começa”.
PRINCIPAIS SINAIS: na infância, o sinal mais intenso é a irritabilidade. As crianças bipolares se frustram pelas mínimas coisas. Ansiedade extrema, impulsividade, ideias exageradas sobre si mesmas ou mudança rápida de pensamentos também pedem atenção. Outras características surgem durante o desenvolvimento, como a dificuldade de os pais conseguirem acalmar a criança nos primeiros anos de vida, e mudanças de humor conforme os níveis de açúcar no sangue (sem ele fica triste; com ele fica alegre “demais”).
COMO DESCOBRIR: o especialista se baseia na avaliação do paciente e em informações obtidas de familiares e da escola. É uma condição genética, mas há situações que podem “despertar” a doença, como falta de rotina, televisão e internet à disposição 24 horas, poucas horas de sono e, no caso dos adolescentes, uso de álcool e drogas. Os sinais podem ser identificados desde cedo, mas o diagnóstico preciso só é possível a partir dos 7 anos.
O QUE FAZER: apesar do receio dos pais, o uso de medicamentos é a melhor maneira de controlar a doença. Os problemas que o transtorno pode trazer são maiores do que os efeitos colaterais dos medicamentos. De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, até 50% dos portadores que não tratam desse mal tentam o suicídio pelo menos uma vez na vida e cerca de 40% se tornam dependentes de drogas. Como nos outros transtornos, outra parte fundamental no tratamento é a terapia. Infelizmente, ainda não há cura.

Depressão Esse diagnóstico é cada vez mais comum nos consultórios pediátricos. As causas dessa doença podem ser muitas, e é isso que dificulta o tratamento. A perda de alguém querido, uma mudança repentina da rotina, de casa ou de escola, a chegada de um irmão e até a falta de tempo para brincar podem causar depressão. Por outro lado, a origem da doença também pode ser genética, hormonal ou neurológica. Quando não tratada pode gerar isolamento social, problemas de aprendizado e timidez excessiva.
PRINCIPAIS SINAIS: a criança perde a vontade de brincar e fica muito desanimada por mais de duas semanas. Pode também não querer sair de casa nem comprar um brinquedo. Sente muito sono e fica irritada, come pouco (ou em muita quantidade), perde o interesse pelo o que gosta, chora à toa, tem dificuldade de se relacionar com os colegas e volta a fazer xixi na cama. E, atentem: isso não tem nada a ver com simplesmente ficar triste. Apesar de os pais quererem evitar o sofrimento dos filhos, é fundamental dar espaço para que eles se frustrem e percebam que precisam enfrentar as adversidades da vida.
COMO DESCOBRIR: a partir dos 4 anos, os especialistas são capazes de diagnosticar a doença, mas ela é mais comum a partir dos 7. Isso acontece porque é nesse período que as obrigações sociais surgem. Se a criança tiver uma rotina sobrecarregada, elas se veem ainda mais cobradas e acabam se sentindo solitárias. Por isso, o diagnóstico precisa da participação da família.
O QUE FAZER: é comum a criança ser acompanhada pelo pediatra, psiquiatra, família e escola. Todos os envolvidos precisam dobrar o carinho para ajudá-la a se curar. Remédios indicados pelo médico podem contribuir para completar o tratamento.

TOC As crianças que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) costumam ser extremamente organizadas e com hábitos que as pessoas estranham. Mas, não, isso não basta para caracterizar o distúrbio. Todo mundo tem manias, como não querer pisar na linha da calçada ou organizar as camisetas por cor. Caracteriza-se como doença quando passam a prejudicar a vida de quem o pratica. Os especialistas acreditam que a origem do TOC possa estar relacionada com a genética, com a dinâmica familiar e até com a personalidade.
PRINCIPAIS SINAIS: quem sofre com o TOC dá uma grande importância para aspectos cotidianos. O costume de conferir muitas vezes se a porta está trancada, organizar os livros por ordem de tamanho, não suportar sujeira na roupa etc. Uma ideia invade a cabeça da criança e ela não consegue se livrar enquanto não fizer um determinado ritual. Ela acredita que se não fizer e repetir tal atitude algo ruim acontecerá.
COMO DESCOBRIR: será feito por um psiquiatra por meio da observação da rotina do paciente, de depoimentos da família e dos professores.
O QUE FAZER: além da terapia, alguns especialistas indicam medicamentos. O mais importante, no entanto, é o carinho que todos devem ter com a criança. É importante que a família não faça perguntas excessivas a ela, o que só vai aumentar a intensidade do distúrbio. Os casos de cura são muitos, apesar de algumas atitudes ainda restarem por toda a vida, como o excesso de organização.

Hiperatividade Toda criança tem fases mais irrequietas ou impulsivas. Quando essas características são fortes e
contínuas pode se tratar de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Com influência genética, o transtorno se inicia na infância e pode persistir até a vida adulta. O TDAH é caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade. E aparece sobretudo na escola.
PRINCIPAIS SINAIS: eles são muitos. A dificuldade em manter a atenção, estar sempre “a mil”, não conseguir esperar a sua vez, se meter no assunto dos outros estão entre os mais comuns.
COMO DESCOBRIR: apesar de os sintomas serem confundidos com uma criança do tipo “mal-educada”, a alta frequência deles e o fato de prejudicar as principais atividades da vida apontam para o transtorno. Essas sutilezas, só os especialistas são aptos a identificar. O papel dos pais é não deixar que a doença seja desculpa para uma educação sem limites.
O QUE FAZER: é preciso contar com paciência e bons profissionais. Quando os especialistas receitam um medicamento, os pais custam a aceitar. Segundo o psiquiatra Luiz Rohde, coordenador do Programa de TDAH do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS), mais de 150 estudos mostram que os medicamentos são eficientes. Mas o tratamento vai além das pílulas. Muitas vezes, é preciso reestruturar alguns hábitos da vida familiar e social da criança, como deixar menos a TV ligada ou mudar de escola, por exemplo.

Fontes: Joseph Sargeant, psiquiatra e professor da Clínica de Neuropsicologia da Universidade de Vrije, em Amsterdam (Holanda); Luiz Rohde, psiquiatra e coordenador do Programa de TDAH do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS); Pilar Lecussan, psiquiatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP); Evelyn Kuczynski, pediatra do Hospital das Clínicas (SP); Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Albert Einstein (SP); Ênio de Andrade, diretor do Serviço de Psiquiatria do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP); Mauro Muszkat, coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil da Unifesp (SP); Paulo Mattos, presidente da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (RJ), Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP) Com informações do site Globo.com - Revista Crescer
Por Bruna Menegueço, Malu Echeverria e Renata Rossi

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

AMIGUINHOS IMAGINÁRIOS


Pais, não se preocupem: os amigos imaginários são bons para a capacidade linguística de seus filhos, podendo inclusive melhorar seu rendimento escolar, segundo um estudo neozelandês. Gabriel Trionfi e Elaine Reese, da Universidade de Otago, investigaram a capacidade linguística de 48 meninos e meninas com cinco anos e meio de idade – 23 deles tinham amigos "invisíveis". Os pesquisadores concluíram que as crianças que brincavam com esses amigos imaginários tinham habilidades narrativas mais avançadas do que as crianças que não mantinham esse tipo de atividade. "Como a capacidade das crianças para contar histórias é um forte indicador da sua futura capacidade de leitura, essas diferenças podem ter mesmo repercussões positivas para o desempenho acadêmico das crianças", disse Reese em nota divulgada no site da universidade. A habilidade linguística das crianças foi avaliada com base no seu vocabulário e na sua capacidade de recontar uma história ficcional a um boneco, e então uma história realista baseada em um passeio ou evento familiar. Embora não houvesse diferenças significativas em termos de vocabulário, as crianças com amigos imaginários contavam com mais qualidade as histórias fictícias e reais. "O mais importante é que as crianças com amigos imaginários adequavam suas histórias à tarefa. Para as histórias ficcionais, elas incluíam mais diálogos. Para as histórias realistas, elas forneciam mais informações sobre hora e lugar, em comparação com as crianças sem amigos imaginários", explicou Reese. "Acreditamos que as crianças com amigos imaginários podem estar obtendo uma prática adicional no ato de contar histórias. Primeiro, podem estar criando histórias com seus amigos imaginários. Segundo, como seus amigos são invisíveis, as crianças podem relatar suas aventuras a adultos interessados", acrescentou. O estudo foi publicado na mais recente edição da revista Child Development.

Fonte: bol notícias